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Referências sugeridas/Resumo de livros
O curioso caso de Benjamin ButtonDEFILIPPIS, Nunzio; WEIR, Christina; FITZGERALD, F. Scott. Rio de Janeiro: Ediouro, 2009. 128 p.
O curioso caso de Benjamin Button e outras histórias da era do Jazz’ reúne alguns contos do escritor norte-americano F. Scott Fitzgerald . ‘Era do jazz’ é o nome dado pelo autor ao momento de frenesi vivido pelos EUA e Europa no pós primeira guerra mundial. Traz as histórias – ‘As costas do camelo’; ‘Ó feiticeira ruiva’; ‘O curioso caso de Benjamin Button’; ‘O resíduo da felicidade’; ‘O Boa-Vida’; ‘O conciliador’; ‘Sangue ardente, sangue frio’; ‘Tarquínio de Cheapside’; ‘A soneca de Gretchen’.
Lendo música: 10 ensaios sobre 10 canções
NESTROVSKI, Arthur Rosenblat (Org.). São Paulo: Publifolha, 2007. 235 p.
Os ensaios deste livro compõem estudos sobre as canções, e também, um fórum de discussão sobre a cultura brasileira da atualidade, comentada de ângulos bem diferentes. Períodos e estilos aparecem aqui, iluminados pelos comentários dos ensaístas. ‘Lendo Música’ é de interesse para todos os que têm na canção popular fonte de conhecimento e prazer. Organizado por Arthur Nestrovski, o livro reúne textos de Noemi Jaffe (‘Esquadros’, de Adriana Calcanhoto), Antonio Risério (‘Gua’, de Caetano Veloso), Francisco Bosco (‘Em Busca da Batida Perfeita’, de Marcelo D2), entre outros.Eu sou o mensageiro
ZUSAK, Markus. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2007. 318 p.
Ed Kennedy tem dezenove anos e é taxista. Sua filiação é um pai morto pela ‘birita’ e uma mãe amarga, ranzinza. Sua companhia constante é um cachorro fedorento e um punhado de amigos fracassados. Sua missão é algo de muito importante, com o potencial de mudar algumas vidas. Por quê? Determinado por quem? Isso nem ele sabe. Markus Zusak fornece essas respostas bem aos poucos neste romance de suspense.
No bunker de Hitler: os últimos dias do Terceiro ReichFEST, Joachim C. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. 188 p.
‘No bunker de Hitler’ expõe o cotidiano do ditador naqueles dias dramáticos, mostrando os surtos de euforia irreal, seguidos por momentos de depressão profunda diante da derrota inevitável. O livro traz ainda perfis dos principais membros da entourage pessoal de Hitler, dominada pela competição e pela intriga até os instantes finais do Führer.
Precisamos falar sobre o Kevin
Lionel Shriver
Eva Katchadourian na verdade nunca quis ser mãe – muito menos a mãe de um garoto que matou sete de seus colegas de escola, uma professora queridíssima, e um servente de uma escola dos subúrbios classe A de Nova York. Para falar de Kevin, 16 anos, autor desta chacina, preso em uma casa de correção de menores, a escritora Lionel Shriver arquitetou um thriller psicanalítico onde não se indaga quem matou. A trama se desenvolve por meio de cartas nas quais a mãe do assassino escreve ao pai ausente. Nelas, procura analisar os motivos da tragédia que destruiu sua vida e a de sua família. Dois anos depois do crime, ela visita o filho regularmente. Aterrorizada por suas lembranças, Eva faz um balanço de sua trajetória onde analisa casamento, carreira, família, maternidade e o papel do pai. Assim, constrói uma meditação sobre a maldade e discute um tabu: a ambivalência de certas mulheres diante da maternidade e sua influencia e responsabilidade na criação de um pequeno monstro. Ao relembrar o passado, reexamina desde o seu medo de ter um filho ao parto do bebê indócil que assustava as baby-sitters. Mostra o garoto maquiavélico que dividia para conquistar. Exibe o adolescente que deixava provas de péssima índole. “Precisamos falar sobre o Kevin” cria polêmicas ao analisar as sociedades contemporâneas que produzem assassinos mirins em série ou pitboys. Estimula discussões sobre culpa e empatia, retribuição e perdão nas relações familiares, e nos leva a debater uma questão tenebrosa: poderíamos odiar nossos filhos?
A cozinha açafrão
Yasmin Crowter
A partir de um acidente envolvendo a filha grávida, a iraniana Maryam Mazar se vê obrigada a reavaliar sua vida e a voltar para o Irã, de onde foi expulsa mais de 40 anos antes. O país, porém, não é mais o das lembranças da jovem que partiu para a Inglaterra em busca de liberdade e independência. Mas é ainda uma terra de lendas, aromas e sabores, retratados por Yasmin Crowther com delicadeza e emoção. Na remota aldeia Mazareh, no noroeste do Irã, Maryam é obrigada a enfrentar o passado e as lembranças de uma vida que tivera de abandonar quando seu pai a deserdou por um pecado que não cometera, quando ela era jovem, linda e obstinada.Enquanto isso, na Inglaterra, sua filha Sara cuida do primo Saeed, que havia perdido a mãe, e de seu pai, desolado com o abandono da mulher. Juntos, trazem à tona o passado de Maryam, a partir de fragmentos de conversas, fotografias e alguns versos de um poema. Na tentativa de reconstruir a família, Sara vai ao Irã descobrir as causas da infelicidade da mãe e tentar levá-la para casa. A Cozinha Açafrão é uma história sobre traição e castigo, sobre segredos que podem ferir ou libertar, sobre a dor do exílio e a difícil alegria do retorno.
O guardião de Memórias
Kim Edwards
Com mais de três milhões de exemplares vendidos nos Estados Unidos, O Guardião de Memórias é uma fascinante história sobre vidas paralelas, famílias separadas pelo destino, segredos do passado e o infinito poder do amor verdadeiro. Inverno de 1964. Uma violenta tempestade de neve obriga o Dr. David Henry a fazer o parto de seus filhos gêmeos. O menino, primeiro a nascer, é perfeitamente saudável, mas, o médico logo reconhece na menina sinais da Síndrome de Down. Guiado por um impulso irrefreável e por dolorosas lembranças do passado, Dr. Henry toma uma decisão que mudará para sempre a vida de todos e o assombrará até a morte: ele pede que sua enfermeira, Caroline, entregue a criança para adoção e diz à esposa que a menina não sobreviveu. Tocada pela fragilidade do bebê, Caroline decide sair da cidade e criar Phoebe como sua própria filha. E Norah, a mãe, jamais consegue se recuperar do imenso vazio causado pela ausência da menina. A partir daí, uma intrincada trama de segredos, mentiras e traições se desenrola, abrindo feridas que nem o tempo será capaz de curar. A força deste livro não está apenas em sua construção bem amarrada ou no realismo de seus personagens, mas, principalmente, na sua capacidade de envolver o leitor da primeira à última página. Com uma trama tensa e cheia de surpresas, O Guardião de Memórias vai emocionar e mostrar o profundo – e às vezes irreversível – poder de nossas escolhas.
A menina que roubava livrosMarkus Zusak
Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em A Menina que Roubava Livros, livro há mais de um ano na lista dos mais vendidos do The New York Times. Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido da sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, O Manual do Coveiro. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram estes livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto da sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é a narradora. Um dia todos irão conhecê-la. Mas, ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.
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